Você já deve ter percebido que vários segmentos da sociedade estão se reinventando. Na iniciativa privada, onde o “fazer mais com menos” é quase um mantra, uma das prioridades nos últimos meses é migrar o sistema de gestão para a nuvem, para obter resultados, de forma rápida, segura e com custos cada vez menores. Mas como isso se aplica à realidade da administração pública?
Há várias possibilidades, até porque os últimos tempos têm apresentado inovações constantes e com um grande potencial de transformação das práticas e rotinas. Uma delas passa pelo uso da computação em nuvem (cloud computing, em inglês). Ela representa uma tendência mundial no processamento, armazenamento e segurança de dados, e já é considerada por alguns especialistas como um caminho sem volta rumo à condição de onipresença da informação.
Nesse sentido, um levantamento recente da Gartner aponta que os gastos globais com serviços de nuvem pública vão terminar 2016 ultrapassando os US$ 205 bilhões, o que representa um crescimento de 13,8% sobre o ano passado. A mesma consultoria internacional diz que até 2020, uma política sem nuvem (no-cloud) será o mesmo que pensar em uma estratégia no-internet. Ou seja, improvável.
Isso significa que você deve pensar o quanto antes em migrar os sistemas de gestão das atuais plataformas on-premises para a nuvem. Além de serem tendência e representarem uma transformação na forma como a tecnologia pode ajudar a processar e lidar com os dados, elas contribuem para a redução de custos, estão sempre disponíveis e são mais eficientes nas rotinas do dia a dia da administração municipal.
Não migrar os sistemas de gestão pode prejudicar uma cidade?
Não migrar os sistemas de gestão pode sim prejudicar uma cidade e, de forma completa, atingindo os gestores e os cidadãos. Um caso aconteceu recentemente em uma cidade do Sul do Brasil. O município sempre teve boas notas no ranking elaborado pelo Ministério Público – que classifica as cidades com base nas informações publicadas no Portal da Transparência. Essa aferição é periódica e considera os valores inseridos no sistema pelos próprios funcionários públicos, mas eles não sabem quando a cidade será analisada pelos procuradores. O fator surpresa é um dos que dão ainda mais credibilidade ao levantamento.
Tudo ia muito bem, com todas as informações disponíveis para o público e para os órgãos fiscalizadores, até que por um motivo alheio à vontade de qualquer pessoa, a interrupção no fornecimento de energia elétrica da prefeitura fez com que os servidores locais fossem desligados. Até aí nada de anormal. Apesar de ser um transtorno, há cidades que não dispõem de estrutura para ter um circuito de contingência para o abastecimento elétrico, e eventuais quedas no sistema podem acontecer.
O problema é que, justamente no dia em que houve a queda de energia, o Ministério Público tentou fazer a análise do Portal da Transparência dessa cidade. Por diversas vezes, a única informação que recebia era que o site estava fora do ar. Ainda que houvesse um histórico de boas notas, a indisponibilidade de uma parte tão importante da administração municipal num momento chave como aquele fez cair a nota dada pelo MP à prefeitura.
Esse episódio já seria um bom argumento para o gestor público municipal entender a necessidade de migrar os sistemas de gestão pública, para não correr o risco de sofrer do mesmo problema novamente. Além disso, é difícil aceitar que manter toda a plataforma digital e as informações da prefeitura e dos munícipes em computadores locais, muitas vezes dentro do próprio edifício-sede da administração, seja mais racional do que contar com os benefícios da nuvem.
Nós já falamos aqui no blog que até os contribuintes acreditam que a tecnologia pode ajudar as cidades a serem menos burocráticas e mais inteligentes. Um sistema baseado em nuvem contribui neste sentido, além de melhorar a percepção das pessoas sobre as ações da administração.
Em uma plataforma como esta, não é preciso que os dados sejam armazenados somente na estrutura própria da prefeitura. Eles ficam em datacenters modernos e seguros, com disponibilidade integral de dados. Não existe risco do sistema ficar indisponível porque houve, como no exemplo citado acima, uma queda de luz. Os dados estarão acessíveis em qualquer hora, inclusive por meio de dispositivos móveis.
Além da confiabilidade, os custos serão reduzidos, já que não será preciso adquirir, operar e manter os equipamentos e equipes especializadas para deixá-los funcionando. Tudo é feito a distância. Se você quiser conhecer mais soluções em nuvem que vão ajudá-lo a migrar os sistemas de gestão pública, leia outros posts do nosso blog ou acesse o nosso site.